domingo, 22 de agosto de 2010

Viajo porque preciso, volto porque te amo.

"Se aqui tivesse correio, mandava um telegrama pra você com estas palavras: viajo porque preciso, vírgula, volto porque te amo ponto."



José Renato, geólogo, 35 anos, é enviado para realizar uma pesquisa de campo durante a qual terá que atravessar todo o Sertão; região semi-desértica, isolada, situada no Nordeste do Brasil. O objetivo de sua pesquisa é avaliar o possível percurso de um canal que será construído a partir do desvio das águas do único rio caudaloso da região.Para muitos dos habitantes da região, o canal será uma solução, uma possibilidade de futuro, de esperança. Mas, para aqueles que moram em áreas por onde fisicamente o canal passará, ele significa desapropriação, partida, perda. Muitos dos lugares por onde José Renato passa, serão submersas; muitas das pessoas e famílias que ele encontra, serão removidas.No decorrer da viagem, nos damos conta que há algo de comum entre José Renato e os lugares por onde ele passa: o vazio, uma certa sensação de abandono, de isolamento. Aos poucos, descobrimos que ele também acabou de ser abandonado pela sua companheira. O desolamento da paisagem parece ecoar em José Renato e a viagem vai ficando cada vez mais difícil. A pesquisa geológica vai sendo contaminada pela sensação de desamparo, pela saudade incessante da ex-mulher, por uma vontade de voltar pra casa. Mas, ele decide ir em frente, seguir viagem, na esperança que a travessia transmute seus sentimentos. Assim como um astronauta depois de atravessar o espaço sideral, assim como um marinheiro depois de cruzar um oceano – para José Renato, nada mais será como antes.

Assistam. Super recomendo.

2 comentários:

Larissa Barros disse...

Perfeito demais.. lembro quando tu me contou a história lá no antigo!
é muito "foda".

beijo =*

R. disse...

Quero ver. Mas duvido que encontre isso por aqui, no interior das Gerais. Talvez em algum dos muitos festivais...? Seria por demais imoral um download ilegal numa hora dessas?

Hum.

Quanto às atualizações lá do blog elas andam esparsas porque eu ando esparso, rs. Viver ta estranho. Ta bom, mas ta estranho.

Um beijo